segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Rio e Minas - o planejamento

Iniciei o planejamento dois meses antes. Para tal, tratei a viagem como um projeto (e não deixa de ser) e apliquei meus conhecimentos sobre gerenciamento de projetos para elaborar etapas, tarefas, prazos e lista de coisas a comprar. É um investimento de tempo que vale a pena. Demora-se anos para realizar um sonho e pequenos problemas podem estragar a viagem. Por isso passei muito tempo lendo relatos de viagem na internet, em revistas especializadas, comprei um pequeno livro e participei de fóruns de discussão na Internet. Também mandei e-mail para pessoas que já possuem experiência em viagens, pedindo informações sobre a moto que eu ia utilizar, as condições de algumas estradas pelas quais poderia passar, entre outras informações que julguei úteis.
Dois meses antes da viagem comecei uma preparação física. Dei especial atenção para os músculos das costas. Eles são responsáveis pela sustentação da coluna e músculos mais rígidos aliviam a sobrecarga de dirigir horas. Também fiz exercícios aeróbicos para me preparar para as trilhas que faria durante a viagem e alongamento dos músculos do pescoço para evitar dores por causa do peso do capacete, que previ que poderia acontecer em função das pequenas viagens de “testes”.
Também mandei fazer duas camisas os dizeres “amor sobre duas rodas”, com uma motocicleta em cima dos dizeres e nossa foto embaixo. Era a camisa temática da viagem. Troquei também o banco original da moto, que por ser muito duro, tornava-se extremamente desconfortável depois de 150 km. Isso também foi notado nas viagens de “teste”.
Para realizar a viagem com mais segurança, instalei um GPS na moto, que ajudou bastante. Aliás, foi fundamental em alguns momentos, e principalmente para andar no Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Atualmente, o preço de um GPS está bastante acessível e existem muitas opções no mercado. Para a instalação, fiz uma ligação do carregador de isqueiro de carro que vem com o GPS na bateria da moto. Passei o fio por baixo do tanque até chegar ao guidão, onde o GPS ficava instalado em um suporte próprio.
Mandei instalar um mastro para bandeira na moto, que ficou preso ao sissy bar. Mandei fazer esse suporte em uma oficina, pois não tinha encontrado pronto nas lojas em Belém. Prendi então uma bandeira do Pará e outro do Pará Motoclube http://www.paramotoclube.org.br/.
Todos os documentos da viagem, como cópia dos comprovantes de depósito dos hotéis, arquivos dos roteiros, entre outros, que estavam em formato digital, foram copiados para o cartão MSD de 2Gb do GPS e também para um pen drive que levei comigo na bagagem, além de cópia em minha caixa de correio eletrônico na internet. Isso tudo para o caso de eu perdê-los por algum motivo (roubo ou extravio). Também utilizei o pen drive para fazer backup das fotos da câmera digital. Como câmeras são muito visadas por assaltantes em locais turísticos, não quis arriscar de perder as fotos junto com a máquina fotográfica. Em minhas ultimas férias no Chile arrombaram o apartamento no hostel em que estávamos e levaram vários de nossos pertences, inclusive celular.
Comprei mapas rodoviários do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. Eles serviriam caso o GPS sofresse algum problema. E também para programar o próprio GPS, pois muitas vezes não basta simplesmente pedir a ele que indique a rota, mas é importante que você estude a rota, programe o GPS para que ele indique a rota que você escolheu. Se você não fizer isso o GPS pode indicar uma estrada em péssimas condições, ou não indicar um caminho que é melhor porque a estrada não está mapeada.

Nenhum comentário: