quarta-feira, 20 de maio de 2009

Motoclube em Terra Alta

Este foi um passeio com a turma do Pará Motoclube http://www.paramotoclube.org.br/ para Terra Alta, localidade a 103 km de Belém. A rodovia de acesso é a PA-136. Neste passeio foram cerca de 15 motos. Tinha moto de todo tipo: XT 660, XT 600, BMW GS 1200, Harley Fat Boy, Shadow 600, Shadow 750, Fazer 600N, Boulevard 1500, entre outras.
Eu tinha prometido para a minha filha mais nova, Lorena, de levá-la num desses passeios de moto, e estava na hora de cumprir a promessa. Ela me acompanhou durante o trajeto e adorou o passeio e as pessoas. Ela é a moça linda (coruja!) ao meu lado na foto, quando paramos em Castanhal.
Reunimo-nos no sábado na Panificadora Trigal na BR 316 e seguimos direto até Castanhal onde encontramos com o colega Waldez, motociclista que mora nesta cidade (aliás, o Waldez é uma referência em se tratando de viagem de moto. Ele, a bordo de sua Boulevard 1500 já viajou milhares de km, inclusive para o Deserto do Atacama).
O dia estava maravilhoso, um céu azul de dar inveja e aquela sensação de início de verão. O clima no grupo era bem amistoso e familiar. Ainda bem que a chuva deu uma trégua, e só apareceu na volta, de forma tímida porque, afinal, de chuva já estou cheio.

Nosso destino inicial era um igarapé em Terra Alta que foi muito bem indicado pelo colega Sabá. No caminho paramos para abastecer e alguns aproveitaram também para comprar queijo. Foi nesse momento que o Américo Leal resolveu dar uma de Tarzan e ficou em pé no banco da moto para se sentir o verdadeiro "Rei das Harleys". Quando finalmente chegamos ao ramal de acesso ao tal igarapé, tivemos que voltar porque o caminho estava intrafegável. Foi o único problema que tivemos neste passeio. Era um ramal cheio de buracos e pedras, a minha moto sofreu com a buraqueira e eu dirigia muito tenso, com medo de cair. Tivemos certo trabalho para manobrar as Harley, principalmente. Aliás, o Edvaldo chegou a tombar com sua Harley Road King (também pudera, com 400 kg numa rua toda cheia de buracos). Mas com a ajuda do grupo tudo deu certo.
No meio de tudo isso morri de inveja quando vi o Júnior passar por mim com a BMW GS1200 como se estivesse num tapete, e eu andando com todo cuidado, que só faltava carregar a moto nas costas. Pessoalmente não acho essa moto bonita, mas que ela é feita para qualquer parada, isso é. E é essa característica, aliada aos recursos que ela possui que me fazem admirá-la. Adoro o estilo custom, mas as nossas estradas estabelecem muitas limitações aos amantes do estilo.
Desistimos daquele destino inicial, para o bem das motocicletas. Resolvemos então dar meia volta, seguir em frente pela PA-136 e parar em um balneário próximo.
Paramos então no balneário intitulado Rio Negro, encostado da ponte sobre o Rio Marapanim. A turma aproveitou para tirar a poeira da estrada e aliviar o calor. A água estava uma delícia, friazinha. Minha filha Lorena também tomou banho e se jogou no igarapé de cima da ponte, acompanhada pelos olhares da torcida do motoclube.
A viagem foi muito tranqüila, a rodovia de Belém até Castanhal está bem pavimentada e a rodovia de Castanhal até Terra Alta (PA-136) está melhor ainda.
Não demorou muito depois que chegamos ao balneário para alguns membros subirem de novo nas suas motos e seguirem para outro local. Tive então certeza de que motociclista é realmente um bicho inquieto. O que ele quer mesmo é pegar estrada. O destino importa menos que o caminho.
Eu, pessoalmente, adoro aquela sensação de ter a potência da moto na mão, aquele barulho do motor pronto para responder. É uma sensação de poder, de controle, de expandir os limites de nosso corpo. Aquela adrenalina de correr entre os carros, como se o motociclista e a moto fossem um só. Talvez a moto nos dê isso mesmo, a sensação de expansão de nossas possibilidades, de nossos limites.
Eu e minha filha não demoramos muito no balneário, pois eu tinha um outro compromisso e ainda tinha que resolver algumas coisas em casa. Mas valeu muito a pena. Tanto pela companhia como pelo passeio em si. Uma das coisas que mais me fez feliz foi ter a companhia da minha filha Lorena. Ela que adora motos e diz que puxou isso de mim. Quem sabe um dia ela não vira motociclista também e encara umas estradas comigo?

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